A nossa infraestrutura é básica – muitos diriam péssima.
Os serviços fundamentais por aqui como saúde, educação, saneamento etc. são medianos – ok, acho que estou sendo otimista demais.
Os demais serviços como telefonia, internet e atendimentos em geral também estão aquém do esperado, e olha que pagamos muito caro por eles!
E para completar, muitos, mas muitos profissionais – aliás, muitas pessoas – são medíocres.
O pensamento reinante por aqui é: “É melhor do que nada”!
Mesmo se forem direitos garantidos e fundamentais.
E o interessante é que os nossos políticos, medíocres nas suas funções legislativas, mas altamente capacitados e especializados na arte de obter vantagens próprias, sabem dessa acomodação do povo e da sua apatia e se servem muito bem disso – com pratos e talheres dourados, inclusive.
Os brasileiros se julgam tão “safos”, tão espertos com seu famoso jeitinho, quando na verdade só fomentam a mediocridade. Em uma sociedade justa, certamente não precisariam dessas maracutaias e cambalachos.
E o interessante é que essas posturas exemplares são muitas vezes apoiadas pela mídia e seguidas por milhares – ou milhões?
Já ouvi de um amigo que, para se dar bem em uma empresa, você não pode se destacar, precisa ser mediano para não causar ciúmes.
Absurdo?
Conheço alguns profissionais que foram demitidos, pois rendiam demais. Outros, depois de criarem soluções excelentes, que economizaram muitos recursos ou geraram altos lucros foram simplesmente dispensados.
Somos apenas números… E somente alguns engravatados saem na Forbes tratados como gênios e semideuses. E muitos passam seus dias aproveitando a vida enquanto os escravos funcionários vestem a camisa de força para fazer o negócio dar certo. E viva a meritocracia!
Bom, não sejamos injustos, pois foi inventado um magnífico benefício chamado participação nos lucros…
Mas, vamos levar a vida na suavidade!
Afinal, ética, responsabilidade e senso de coletivo dão muito trabalho, não é?
Sei que alguns lerão esse texto e falarão: “Mais um protesto de sofá”.
E fico feliz por isso, pois ainda vivemos em um tempo em que as pessoas podem raciocinar e discordar.
Mas, muito além das palavras, sou mais um idiota utópico que busca aplicar na sua vida o máximo possível do que transcreve no papel, na tela e na pedra.
É pouco, mas quem sabe isso não dá pro gasto!
Até mais!