Muitos autores pensam que a maior tarefa das suas vidas é publicar um livro.
Mas a verdade é: isso é apenas a metade do caminho. Talvez, no máximo, uns 62,8% – adoro esses números fracionados, rs!
Concordo que não é fácil ter um livro editado e lançado, eu mesmo tive diversos “nãos” antes de ver O Andarilho das Sombras sair da gaveta – na verdade, do HD do meu computador.
Sabia que cedo ou tarde, ele seria publicado, pois foi um projeto bem-feito, estruturado, planejado e pesquisado com seriedade, assim como tinha certeza que o trabalho pós-lançamento seria tão difícil quanto as etapas iniciais.
Dito e feito.
Assuma responsabilidades e apareça!
Muitos pensam que o trabalho de divulgação deve ficar exclusivamente com a editora.
Nada disso!
O modelo ideal é haver uma parceria entre editora e escritor, com uma divisão de trabalhos respeitando as características e os potenciais de cada um.
Explico.
Cabe a editora fazer a parte institucional e comercial, atuando junto às livrarias, sites parceiros, contatos na mídia etc. É o modelo de uma empresa divulgando um dos seus produtos. Sim, o seu livro é um produto e é mais relevante encará-lo como tal.
Aos escritores, o que traz mais valor é o relacionamento com as pessoas – não somente com os leitores. Aliás, essa é uma parte que adoro fazer, pois conheço opiniões, visões, escuto, debato, divirto-me, compartilho conhecimentos e aprendo muito também.
Um escritor não deve se achar intocável e se esconder no seu casulo. Quem tem uma obra publicada, deve estar aberto a elogios e críticas.
A interação é algo fundamental. Conversar com outros escritores, profissionais da área ou mesmo curiosos sempre proporciona experiências enriquecedoras.
Como disse o grande Eric Novello no seu post Contatos imediatos de terceiro grau:
Se preservar demais é não tentar todo o possível. E a vida é curta demais para não tentar.
Então, apareça mais, relacione-se, admire, frustre-se, mas tenha uma postura humana nesse mundo em que as pessoas se tornam cada vez mais robóticas.
Invista no seu nome, crie uma percepção de valor para a sua marca. Pois, divulgar-se não é se prostituir – e se fosse? – é mostrar ao mundo quem você é e que você está de portas abertas para receber o novo.
Certo?
Até mais!