Vivemos em um momento no qual as ideias têm grande peso na sociedade e no mercado, pois estamos cada vez mais ávidos por inovações.
Não importa o quanto consumimos, a nossa fome pelo novo é voraz.
Acabei de comprar o 3.0, mas já quero o 3.1!
E muitas empresas e profissionais usam esse conceito em seus slogans e definição da carreira. Exemplo: Ideas for life da Panasonic.
Acho excelente viver nesse mundo, pois como escritor e analista de conteúdo, as ideias são as bases do meu trabalho.
Entretanto, quem vive rodeado de conceitos subjetivos sabe quão perigosos eles podem ser. Podemos cair no risco do “pensar muito e fazer muito pouco”.
Veja: conheço diversas empresas e muitos profissionais que tiveram seus negócios prejudicados pelo excesso de ideias e pela falta de ações. Muitas delas, inclusive, eram boas, mas faltou o planejamento estratégico de como aplicá-las a fim de ter retornos positivos, sejam esses: mais visibilidade para a marca, ganhos financeiros ou conquista de mais clientes.
É como se o barco ficasse pesado demais e a navegação se tornasse inviável. Eles afundaram por causa da criatividade não-funcional.
Empresas gigantes como 3M, Google e Microsoft até podem – e mesmo assim somente até certo ponto – se dar ao luxo de investir tempo e grana em ideias e projetos mirabolantes, mas nós, seres “comuns” precisamos ponderar entre o intangível e o aplicável.
E isso não quer dizer barrar as “fantasias e imaginações” e sim trabalhar naquelas com melhor potencial. As demais não precisam ser totalmente descartadas. Eu mesmo tenho anotações diversas e, quem sabe, um dia algumas delas se tornem realidade.
O sucesso ou o fracasso são relativos e muito imprevisíveis, o importante é buscar um equilíbrio entre o pensar e o fazer para assim criar um ciclo de valor para as ideias.
Pense: se o sonho de voar tivesse ficado somente na imaginação, nunca teríamos tirado os pés do chão. E se Tolkien não tivesse transcrito o seu universo para o papel, a literatura fantástica seria muito menos rica, não é?
Então, pensar, imaginar e deixar a criatividade aflorar sem barreiras é ótimo, desde que se tenha a consciência e a motivação para lapidar as ideias e transformá-las em algo relevante, seja um produto, um estudo ou uma boa história para compartilhar com as pessoas.
Pois o tangível não precisa ser necessariamente palpável. O importante é que as nossas criações façam a diferença para alguém.
Vamos juntos nessa?
Até mais!