Estamos na Era da Hiperexposição, de tudo compartilhado, do culto aos likes, de muito conteúdo, mas pouco conhecimento. Vivemos um momento em que o imediato e o superficial ganharam um peso exacerbado. Mas até quando isso vai durar?
Não importa a área de atuação, todas as carreiras se constroem passo a passo, lentamente, com muito aprendizado por meio de erros e mais erros, que geram as experiências e habilidades necessárias ao acerto. Um ferreiro nunca fará sua obra prima nas primeiras marteladas.
Estude as biografias dos seus ídolos, ou dos profissionais que conquistaram respeito na sua área. Nenhum deles chegou nesse patamar sem se arrebentar muito. E vários deles chegaram perto do limite, perto de jogar tudo para o alto.
Empresas falidas.
Projetos frustrados.
Livros engavetados.
Enfim, se colocarmos na balança a nossa taxa de êxito, ela será menor que a de falhas. E isso é ótimo!
Uma geração que não sabe se frustrar
Toda a generalização é burra, óbvio, mas pare e observe: muitas pessoas que agora estão na fase de entrar no mercado não sabem ouvir não. Não conseguem aceitar que o fracasso é necessário para o aprimoramento e o crescimento.
Na primeira “dura” recebida da chefia, pedem demissão. Na primeira crítica negativa que recebem de um leitor, criam textões nas redes sociais sobre o seu brilhantismo incompreendido.
Estou mentindo? Tenho certeza que você conhece alguém assim. E quando pedem a nossa opinião e apresentamos as nossas vivências, ainda bradam que: ah, isso é coisa do passado!
Infelizmente a realidade é: não vivemos num conto de fadas! Eu diria que vivemos num conto de fodas, onde temos que sobreviver no dia a dia às enrabadas que surgem de todos os cantos! Hahahaha
E isso não é ruim, afinal, só com as adversidades é que podemos desenvolver as nossas competências em gestão, negociação, comunicação e afins.
Estão vendendo fórmulas milagrosas, mas elas não existem
Para impulsionar essa visão de “vai que é certeza que vai dar certo”, aproveitando-se desse novo perfil profissional, onde o empreendedorismo é milagroso, onde as redes sociais são os templos sagrados, está se formando um show bis em que se apresenta um mundo irreal.
Gestão não é show. Gestão da carreira é suor, lágrimas e exaustão.
Não entenda a minha postura como negativa, longe disso! Sou animado e otimista e, por isso, sei que preciso trabalhar até as mãos sangrarem para conseguir conquistar os meus objetivos. Sim, objetivos! É o que falta nessa sociedade na qual se vendem muitos sonhos e pouca realidade.
Lancei O Andarilho das Sombras em 2012 e só no final de 2015, começo de 2016, quando já estava finalizando o último livro da Série Tempos de Sangue é que ele começou a ter peso e boa repercussão.
E, para isso, não investi em marketing vazio: trabalhei a publicidade dos meus escritos de maneira concisa, sincera e focada na verdade.
Demora mais. Cansa mais. Cria ansiedade e até mesmo certa angústia, mas é o modelo mais sólido que conheço.
Enfim, termino esse post indicando o ótimo artigo: Por que a indústria do empreendedorismo de palco irá destruir você, de Ícaro de Carvalho.
E você, o que pensa sobre tudo isso? Compartilhe conosco!
Até breve.