Vista um terno impecável, arrume o cabelo e faça a barba. Chegue ao cliente com um belo carrão e na mesa de reuniões impressione com um notebook de último tipo. Pronto, meio caminho – ou muito mais – andado! E você nem precisa ter competência se aparentar pompa e status.
Patético, não é? Mas muito verdadeiro.
Várias pesquisas foram feitas sobre a aparência. Pessoas bonitas ganham mais, sobem de cargo mais rápido e, acredite, têm penas menores se comparadas a outras que cometeram o mesmo crime!
Nessa sociedade, a carcaça vale muito mais que as engrenagens internas. Ponto.
Nas redes sociais, todos são felizes, lindos e perfeitos
Aqui falamos da “maioria”, OK?
Abra o seu Facebook, dê uma rápida “passeada” pelos perfis e veja como o mundo é lindo e as pessoas alcançaram a sua plenitude! Sorrisos, frases de autoajuda e muitas coisas legais replicadas exaustivamente.
Pouquíssimos criam seus posts ou compartilham algo relevante. E não falo de adolescentes desvairados, mas de senhores e senhoras (pseudo)respeitados! É um mundo de Crtl+C – Crtl+V.
Concordo, Eduardo! Mas, por essa premissa precisamos todos ser chatos, cricris, etc.?
Não! É preciso apenas ter identidade! Mostrar e demonstrar que você é você na vida real, virtual, no trabalho e no dia a dia. É constrangedor encontrar pessoas que conheço pela internet e perceber que sempre conversei e interagi com um avatar!
Quem é você?
Cada ser é rico, cada personalidade é única, então, por que tantas máscaras?
O executivo(a) top ostenta seu cargo apenas porque o herdou do seu pai e tem pleno suporte de uma equipe que muitas vezes é “invisível” para o mercado.
O escritor(a) bambambam gaba-se pela sua obra e adora achincalhar o trabalho dos demais, mas apenas fez releituras de textos clássicos.
O popstar sem voz faz sucesso sem compor nenhuma linha e tão somente porque algum empresário investe pesado para criar “imagens” do ídolo.
Enfim, conhecemos vários círculos viciosos.
E a nós, reles mortais, cabe trilhar nossos caminhos, ora afundando no barro, ora cortando o mato alto que impede a nossa passagem, sem nunca nos esquecermos de quem somos e aonde queremos chegar.
Deixemos as máscaras para os super-heróis e para os foliões no Carnaval. Para o bem ou para o mal, eu prefiro sempre encarar as pessoas de rosto limpo. Ou no máximo como o Clark Kent: detrás dos meus óculos!
Vamos juntos nessa?