Estava de bobeira no Facebook quando vi essa foto tirada pela autora Laisa Couto. Gostei demais e quando li a frase “galgando o conhecimento”, logo tive vontade de escrever esse post.
Quando somos mais novos, inexperientes e convictos da nossa “invulnerabilidade” e “onipotência”, acreditamos que podemos alcançar nossas vontades e sonhos num piscar de olhos.
Que magnífica ilusão!
E quando acontecem as quedas, os tapas na cara, enfim temos um choque de realidade.
O mecanismo da evolução é simples, entretanto, muitas etapas precisam ser cumpridas de maneira precisa e sicronizada.
Tal como em uma escada, só podemos subir mais um degrau na nossa carreira quando temos firmeza na pisada anterior. Antes de almejarmos novas posições, precisamos ter as experiências e os conhecimentos necessários para desempenharmos bem as nossas funções.
Sabe o famoso ditado “dar um passo maior que as pernas”? Pois é…
Não adianta assumir o cargo de gestor de equipes sendo um recém-formado (há exceções, é claro!) ou a função de gestor de projetos sem nunca ter trabalhado com planejamento e execução.
E é isso que muitas vezes vemos no mercado: escolhas equivocadas que atrapalham todo o fluxo do negócio.
Mesmo para pegar os famosos “atalhos” é preciso conhecimento de como, onde e quando.
Um case pessoal
Há alguns anos, pouco tempo depois de formado, fui convidado para gerenciar uma equipe de TI num negócio de médio porte. Eu já havia desenvolvido algumas soluções para o dono da empresa como prestador de serviços e ele gostava do meu trabalho.
Recusei e preferi atuar como colaborador.
Fui chamado de medroso, sem ambições, cagão (não pelo dono da empresa, mas por colegas e parceiros)… Mantive a minha postura e trabalhei no projeto dentro da minha função – estrategista web –, e fiz o meu melhor.
Durante esse tempo, quase um ano, sempre conversei com o gestor, com os demais membros da equipe, com os clientes. Aprendi, vi acertos e falhas, vi comemorações e brigas, enfim, experimentei muitas coisas.
Anos depois, fui chamado novamente para um projeto dessa mesma empresa, e desta vez aceitei ser o gestor. Tinha experiência e conhecimento necessários para atuar bem.
E, de fato, o trabalho foi um sucesso.
Agora imagina se eu, um “moleque” com vinte e poucos anos, aceitasse aquele primeiro convite para ser gestor e fizesse merda? Certamente ficaria queimado no mercado e muito “traumatizado”.
E uma coisa que valorizo é o meu nome, a minha marca. Ela é a minha referência no mercado, o que tenho de maior valor e o que me define como profissional.
Por isso, tudo ao seu tempo.
Há momentos para observar, outros para agir. Há momentos para ensinar e outros para aprender. O importante é sermos sinceros na nossa análise: estou preparado para tal atribuição?
Enfim, olhando a foto da gatinha da Laisa Couto, temos a certeza: um passo de cada vez. Devemos sempre buscar o topo, mas com bom equilíbrio e pisadas firmes.
Vamos juntos nessa?
Até mais!