Eduardo Kasse, muito prazer!
Escritor e roteirista

Dicas de escrita: que tal usar o Ciclo PDCA?

Conheça uma metodologia simples e prática que pode ajudar na organização, agilidade e até mesmo na qualidade da sua produção literária.

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Uma das coisas que aprendi nessa vida é que não basta ter somente conhecimentos, é preciso de habilidades e experiência para saber aplicá-los a fim de criar algo útil e desenvolver soluções relevantes.

No meu dia a dia profissional sempre tento trazer as minhas vivências no mercado para a literatura e vice-versa.

Hoje quero lhe apresentar o Ciclo PDCA, do inglês: PLANDOCHECKACT.

ciclo-pdca-livro

Mas o que é isso?

É um método interativo e contínuo que é aplicado para melhorar a qualidade dos processos e dos produtos.

E escrever é um processo que gera um produto (livro), certo?

Assim sendo, vamos entender as quatro etapas do ciclo, já com a visão focada na produção literária.

Planejar

Antes de iniciar a redação é preciso saber muito bem o que iremos escrever. Há casos, como na Série Tempos de Sangue, em que eu preciso estudar a história da época, os fatos, os costumes, as pessoas e como os meus personagens vão interagir com o ambiente e a sociedade.

Também temos que ter um briefing da nossa história, contendo alguns direcionamentos e pontos-chaves que irão ser trabalhados. Não precisa ter 100% do começo, do meio e do fim, mas algumas linhas de raciocínio devem estar traçadas.

Aqui estabelecemos nossas metas e objetivos, tanto em relação à história, quanto em relação ao processo de redação (horários, média de palavras diárias etc.)

Ou seja, quando melhor o planejamento, quanto mais informações tivermos “catalogadas” (links, livros, artigos, imagens e afins), mais ágil fica o nosso processo de escrita.

Executar

Depois de planejar é preciso executar (criar) a nossa história. É hora de implementar o planejamento.

Aqui temos a junção de fatores tangíveis (técnica) com intangíveis (criatividade, inspiração e vontade).

Sei que muitas vezes sofremos os tais “vazios criativos”, contudo, com organização, rotina e treino, eles se tornam cada vez mais escassos. Escrever é arte. Sim. Mas também é trabalho, então precisamos pensar nesses aspectos mais concretos se queremos ter uma carreira produtiva.

Verificar

A cada capítulo, ou a cada trecho-chave escrito sempre é bom criar um PC (ponto de controle) a fim de verificar se o andamento da história está seguindo os rumos previstos. Lógico que não podemos ser engessados e há vezes que temos desvios parciais ou mesmo totais, contudo, esses também precisam de análise, para saber se o que foi escrito antes ainda vale e se certificar se o futuro da história tem sentido, principalmente em textos longos, com muitos personagens e tramas secundárias diversas.

Corrigir/Agir

Sobre o processo de escrita, é recomendável ver se as metas estão sendo cumpridas e os objetivos alcançados. Se não, fazer uma análise sincera para entender os porquês e corrigir as falhas.

E o mais importante: analisar se mesmo cumprindo as metas quantitativas, a qualidade do produto está excelente. Não adianta escrever 1000 páginas se essas estiverem aquém do esperado.

Como falei no começo, esse é um processo cíclico, que será repetido diversas vezes durante a produção do livro. Pode parecer um pouco “metódico” demais nas primeiras vezes, mas ele vai se tornando natural com o passar do tempo.

Obrigado e até mais!

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