
Além de escritor, sou prestador de serviços em planejamento estratégico da informação, edição e revisão de textos e análise de conteúdos.
As palavras são a minha vida e a minha carreira está fundamentada nelas.
E é muito comum, ao dar um orçamento, ouvir coisas do tipo: “está caro”, “seu preço está alto”, “não dá para cobrir uma oferta?”.
E não é exclusividade da minha área de atuação. Diversos amigos designers, engenheiros, dentistas, veterinários, programadores etc. relatam essa situação.
A diferença entre preço e valor
A maioria das pessoas quando precisa de um serviço se atém exclusivamente à preços e prazos, como se fosse um leilão de trabalho.
E elas têm o direito de negociar. Entretanto, por mais que muitos “sábios do mercado” afirmem, um serviço NÃO é um produto!
Veja, cada texto a ser revisado/editado é único, com a personalidade de cada autor, com seu estilo e suas nuances.
Cada empresa precisa de um planejamento estratégico da informação exclusivo e original.
É um trabalho que, apesar de seguir algumas técnicas-padrão, depende muito de criatividade, inspiração e de entrar em perfeita sintonia com os objetivos do cliente.
Então, comparar preços nesse caso é um tanto quanto inconsistente, certo?
Mea culpa dos profissionais
Se os clientes, os contratantes, os chefes e o mercado agem dessa forma é por causa de profissionais que aceitam desvalorizar o seu conhecimento.
Simples assim.
Sei que todos temos contas – e os luxos dos políticos – para pagar, contudo, uma postura de submissão é muito prejudicial para a carreira.
Além de fatores como estresse, descontentamento, raiva, desgaste etc. que isso causa, essa (falta de) postura prejudica o coletivo, os demais profissionais. E até mesmo você no futuro!
E não digo para seguir uma rigidez de aço, mas para valorizar tudo o que você aprendeu, batalhou, errou, suou, evoluiu.
Afinal o seu trabalho de qualidade gera valor para quem o contrata, correto? Faça-o gerar para você também!
O mercado não é lindo, mas pode ser mais justo se todos – clientes, contratantes, chefes e profissionais – tiverem um pouco mais de consciência e entenderem que o ganha-ganha é o que interessa e o que promove a excelência.