Às vezes, ficamos muito presos aos pequenos detalhes.
Olhamos com uma lupa para apenas um ponto de alguma questão. Ou de alguma solução.
É como se tudo ao redor ficasse embaçado, até mesmo inexistente.
Nossos olhos se cansam e a nossa mente trabalha criando dilemas ou resoluções parciais.
Há momentos que essa microscopia é importante, contudo, há fases da nossa vida que vivemos dentro de pequenas bolhas, sem conseguir enxergar três palmos à frente.
Sempre criando barreiras e ilusões. Sempre usando óculos de graus errados.
Parece que a nossa sociedade e o nosso way of life nos restringem cada vez mais: às telas, aos visores, às realidades aumentadas produzidas dentro de caixas pequenas.
Horizontes medidos em pixels.
Cenas vividas em telas full hd.
Emoções emuladas por redes sociais…
Por favor, não entenda isso como uma crítica. O mundo muda sempre e nesse momento vivemos pelos e para os dispositivos.
Quando perdemos alguns minutos de conexão é como se nos afogássemos, ficássemos sem ar. Ou pior: sem rumo.
Como chegamos a isso?
Nós humanos temos o dom de criar “coisas” que nos fazem depender delas para viver. Acho que somos a única espécie sobre essa terra que não sabe sobreviver por si só.
Mas somos inteligentes, e esse é o preço não é?
E temos dinheiro para comprar bens. E esses nos deixam felizes por um tempo. Para o intervalo entre uma aquisição e outra temos as pílulas.
E a psicoterapia…
Ah! Como evoluímos…
Bem, agora se me permite, depois dessa reflexão sem cafeína, vou imergir em uma realidade alternativa.
Que é a vida lá fora!
Até breve.