No dia 10 de abril, completei mais um ciclo da minha existência. E esse período foi muito bom para mim.
Conheci muita gente interessante – e eu seria injusto se colocasse nome por nome e me esquecesse de alguém –, minha carreira como editor e analista de conteúdo evolui a cada dia e, enfim, consegui publicar o meu primeiro romance O Andarilho das Sombras – Série Tempos de Sangue.
É interessante como em 365 dias tantas coisas podem acontecer.
E também é muito instigante como em apenas 24 horas temos tantas novidades. E nesse 10 de abril de 2013 foi assim.
Durante todo o dia, recebi mensagens carinhosas, telefonemas de pessoas especiais e muitos cumprimentos pessoalmente. Quem me conhece, sabe que isso tem muito valor para mim.
E, se o dia estava ótimo, a noite foi excelente. Há tempos eu queria assistir a um show do Lobão (@lobaoeletrico) e, coincidência ou destino, havia uma apresentação acústica dele na Quarta Unplugged do teatro Fernando Torres. Perfeito!
Na música brasileira, o Lobão é um dos “caras” que mais respeito, pois além de mandar um som de primeira, é um excelente compositor.
Trechos como:
“A maior expressão da angústia
Pode ser a depressão
Algo que você pressente
Indefinível
Mas não tente se matar
Pelo menos essa noite não”
Música: Essa noite, não
E a magnífica letra de A queda:
“Quantos sonhos em sonhos acordo aterrado
À terrores noturnos minha alma se leva
É um insight soturno‚ é o futuro passando
Na velocidade terrível da queda
Na velocidade terrível da queda
Ante o colapso final a vertigem
Próximo ao chão a penúltima descoberta
Que a lógica violenta das cores tinge
A velocidade terrível da queda
A velocidade terrível da queda
Como cair do céu é tão simples
Queda que a tudo e a todos transtorna
Ah! As bombas‚ a chuva‚ os anjos e os loucos
O mundo todo na velocidade terrível da queda
O mundo todo na velocidade terrível da queda
Resvalando em abismos um pôr-do-sol furioso
Que a sensação de perda ao ver exagera
É o desespero vermelho de um apocalipse luminoso
Ejaculado na velocidade terrível da queda
Ejaculado na velocidade terrível da queda
Diante do medo um sorriso aeróbico
Nas bochechas a câimbra de uma alegria incompleta
Nada como um sorriso burro e paranoico
Para não perceber a velocidade terrível da queda
Para não perceber a velocidade terrível da queda”
Sempre me envolvem e fascinam, pois como escritor, a beleza das palavras é inebriante. E há diversas outras poesias de primeira grandeza.
Além da música, o seu livro 50 Anos a Mil me cativou demais. Li-o há dois anos e a história contada sem eufemismos e de maneira sincera vale muito para conhecer mais sobre a sua vida e sobre a sua carreira, além de proporcionar momentos de reflexão.
E assim, sendo, resolvi levar essa obra ao show, pois como era um local relativamente pequeno, achei que poderia conseguir um autógrafo.
O show foi fodástico! Clássicos e novas composições tocados na base voz-violão. E, apesar de ser acústico, Lobão e os músicos criaram um som vigoroso e digno do melhor Rock n’ Roll. Quem sabe, sabe…
E o show acabou, mas ainda faltava a cereja do bolo.
Lobão recebeu alguns fãs, este que voz fala inclusive, para autografar livros e CDs, além de tirar fotos.
Eu era o último da fila. Umas 50 pessoas na minha frente. Então, tive o estalo e lembrei-me que tinha um livro meu no carro. Corri, peguei-o e autografei-o. Veja só, eu dando O Andarilho das Sombras para um cara que considero demais!
Assim, ao chegar a minha vez, ganhei uma dedicatória, com homenagem ao meu aniversário e pude entregar o meu livro para ele, que ficou muito feliz com o presente.
Acho que a velha frase “os últimos serão os primeiros” é factível mesmo!
Enfim, dia maravilhoso, noite excelente… E a satisfação em saber que há muitos ciclos pela frente! Brincando com o título do livro do Lobão, por enquanto: 30 Anos a Mil!
Assim espero! Rsrs
Até mais!