Sim, eu também sou dono de casa e faço compras nos feirões dos supermercados. E me revoltei com algumas cenas que vi.
Cena 1. O repositor do mercado trouxe um caixote com maçãs. Bonitas, vermelhas, bem organizadas.
Sem qualquer cerimônia, virou o caixote sobre a bancada e pelo menos umas 20 frutas caíram no chão. As que estavam com “fácil acesso” ele pegou e jogou sobre as outras. As demais chutou para debaixo da bancada.
Vi a cena se repetir com mais duas caixas e daí me afastei.
Cena 2. Urubus Pessoas se debruçavam sobre a carniça o monte de alhos para escolher os “melhores exemplares”. Os demais eram jogados para os lados e muitos, lógico, iam para o chão.
Cena 3. Um grupo de idosas fazia questão de quebrar as pontas dos quiabos. E aqueles que elas julgavam inadequados, ficavam lá, partidos, fadados ao lixo.
Assim, o setor de hortifruti tinha pelo menos 15% dos produtos caídos no chão, pisoteados e estragados. E mesmo os das bancadas eram amassados pela falta de cuidado e responsabilidade dos repositores e dos clientes.
Cacete! Em um mundo com tanta gente, com cada vez menos diversidade de produção agrícola e com a fome em altos níveis, esse desperdício é repugnante.
E a culpa é de quem? Gerentes de setor, funcionários e compradores, ou seja, de toda a cadeia de consumo.
E ainda teve mais!
Cena 4. A “moça do caixa”, com uma delicadeza ímpar, passava os produtos pelo leitor de código de barras e os empurrava sem qualquer cuidado para a mesa de empacotamento. Frutas, garrafas, não importava.
Enfim, vejo as pessoas pedindo mudanças no país. E isso é ótimo, mas como eu já disse anteriormente, é preciso consciência e respeito. Inclusive nas pequenas e rotineiras posturas individuais.
Até mais!