Estive na Anime Friends 2015, no estande da Editora Draco, papeando com meus amigos escritores e com os leitores que apareceram por lá.
Adoro esses momentos, pois eles me ajudam a aumentar a motivação para continuar criando e trabalhando duro na minha carreira como autor.
E uma condição que já vinha observando em outros eventos que participei se consolidou definitivamente dessa vez.
Sim, nós temos profissionais de valor
Por várias vezes, recebi os leitores interessados nos livros e quadrinhos da Draco e apresentei a eles os nossos produtos, tanto os meus projetos quanto todos os demais, segundo as preferências e interesses que eles me relatavam.
Eles folheavam, liam a contracapa e ficavam admirados com a qualidade dos materiais e com as ideias apresentadas. Mas o mais interessante era a reação quando descobriam que tudo aquilo que conheceram era produzido exclusivamente por brasileiros.
Quantas vezes vi olhos arregalados e bocas abertas quando contava que o Apagão Cidade sem Lei/Luz era roteirizado e ilustrado por brasileiros.
“Caramba, o cara desenha bem pacas”.
“Nossa, que diagramação foda”.
“Porra…”
Essas foram algumas das reações que tive. E assim também aconteceu com diversos livros que apresentei: de Guerra Justa, passando por Crônicas de Atlântida, A Guardiã da Memória, O Alienado até O Castelo das Águias.
E, claro, com a Série Tempos de Sangue não foi diferente:
“Literatura medieval é foda”.
“Eu adoro vampiros daqueles que são vampiros mesmo”.
“Tem guerra? Tem sexo? Autografa para mim?”.
Muitos não compravam, apenas olhavam e agradeciam. E isso é maravilhoso também! São nomes e títulos que ficarão nas mentes das pessoas. É assim que se cria a percepção de valor, pois quando virem essas obras em outros lugares, não serão desconhecidas.
Resumindo: estou encantado com esse momento da produção cultural nacional, pois as pessoas começaram a perceber e a entender que o que fazemos aqui está no mesmo patamar de trabalhos estrangeiros.
Agora, o próximo passo a ser conquistado é começar a ter as mesmas condições de mercado que os internacionais têm. Aos poucos estamos abrindo os nossos caminhos e os leitores são vitais para conseguirmos essa abrangência.
Cabe a nós, produtores de conteúdo (escritores, quadrinistas, capistas e afins), continuarmos produzindo em alto nível para que, quando chegarmos ao consumidor, possamos oferecer uma experiência fantástica.
Vamos juntos nessa?
Até mais!