Sempre que busco informações sobre um livro ou mesmo sobre algum autor, vejo diversos comentários e posts do tipo: “não gostei”, “a história era chata”, “o fulano é muito isso ou muito aquilo”.
Enfim, são opiniões sem embasamento e sem critérios.
Ok, para grande parte dos leitores, isso basta. Entenda, estamos na Era do Curtir. Entretanto, para profissionais do livro – escritores, editores, revisores, leitores beta etc. – e mesmo para leitores mais experimentados, essas superficialidades nada acrescentam, aliás, até atrapalham, de certa forma.
O valor de uma obra depende de conceitos bem específicos e antes de darmos nosso “parecer” é preciso entender:
- Qual é o público-alvo?
- A linguagem está adequada?
- A história está bem amarrada?
- O texto está bem redigido e lapidado?
- Personagens, ambientes, perfis psicológicos e narrativa foram bem trabalhados?
Essa é uma visão que trago do mundo dos negócios. Sempre que faço a análise de conteúdo para algum cliente, considero diversos fatores e só depois disso penso nas ações e nas evoluções.
É como me colocar como cliente do cliente – ou no mundo literário, como leitor daquele escritor.
Então, é preciso dar um reboot na mente e tentar enxergar o texto como alguém com 10 anos de idade ou como uma senhora tarada (brincadeirinha).
Pois, podemos não ser fãs de um estilo, mas devemos valorizar uma obra feita com capricho e esmero.
Até mais.