Eduardo Kasse, muito prazer!
Escritor e roteirista

Não sou fã do seu estilo, mas valorizo a qualidade da sua obra

O gosto pessoal é um parâmetro relativo na avaliação de um livro. É preciso reconhecer outras características mais importantes.

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Por:

joinha
Uma análise bem feita vai muito além do simples curtir ou não curtir.

Sempre que busco informações sobre um livro ou mesmo sobre algum autor, vejo diversos comentários e posts do tipo: “não gostei”, “a história era chata”, “o fulano é muito isso ou muito aquilo”.

Enfim, são opiniões sem embasamento e sem critérios.

Ok, para grande parte dos leitores, isso basta. Entenda, estamos na Era do Curtir. Entretanto, para profissionais do livro – escritores, editores, revisores, leitores beta etc.  – e mesmo para leitores mais experimentados, essas superficialidades nada acrescentam, aliás, até atrapalham, de certa forma.

O valor de uma obra depende de conceitos bem específicos e antes de darmos nosso “parecer” é preciso entender:

  • Qual é o público-alvo?
  • A linguagem está adequada?
  • A história está bem amarrada?
  • O texto está bem redigido e lapidado?
  • Personagens, ambientes, perfis psicológicos e narrativa foram bem trabalhados?

Essa é uma visão que trago do mundo dos negócios. Sempre que faço a análise de conteúdo para algum cliente, considero diversos fatores e só depois disso penso nas ações e nas evoluções.

É como me colocar como cliente do cliente – ou no mundo literário, como leitor daquele escritor.

Então, é preciso dar um reboot na mente e tentar enxergar o texto como alguém com 10 anos de idade ou como uma senhora tarada (brincadeirinha).

Pois, podemos não ser fãs de um estilo, mas devemos valorizar uma obra feita com capricho e esmero.

Até mais.

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