Eduardo Kasse, muito prazer!
Escritor e roteirista

O maior prêmio para um escritor é quando o leitor vivencia a história

Quando conseguimos a imersão e a experimentação relevante, nossos textos ganham vida.

Publicado em:

Por:

Sabe quando você vê crianças brincando, cada uma sendo um herói ou um monstro, fantasiando estar em um grande navio pirata – que pode ser a bacia de roupas da avó –, fugindo de um dragão terrível – o poodle de estimação – e criando planos mirabolantes para salvar alguém – o irmãozinho caçula?

Pois é. Nesse instante, aquele universo é real, aquelas experiências são verdadeiras. Causam risadas, medos, felicidade, enfim, proporcionam sentimentos e sensações.

Quem tem filhos, afilhados, sobrinhos ou netos sabe muito bem do que eu estou falando.

E tal como os pequenos, quando lemos uma boa história, daquelas que nos prendem com cenários ricos e personagens cativantes, na nossa mente acontece a mesma coisa: vivenciamos o universo e experimentamos sentimentos e sensações.

O caminho as palavras

Uma das coisas que aprendi, depois das orientações e conversas com profissionais experientes, é que não basta pensar somente no que dizer. Como dizer é tão importante quanto.

Analisar cada frase, pensar nos melhores termos para apresentar as ideias e escolher as palavras que melhor impactam é um exercício essencial para aumentar o valor dos escritos. Difícil, mas vale muito!

Há vezes que uma descrição curta resolve muito bem.

Em outras, uma apresentação mais rebuscada, bem lapidada pode gerar um efeito interessantíssimo para os leitores.

Por isso é importante treinar, praticar, conversar com profissionais mais experientes e, acima de tudo, estar aberto a críticas.

Já tomei algumas pauladas. Muitas aliás, mas sempre ponderei tudo aquilo que me apresentaram e apliquei as dicas para melhorar meus textos, tanto na fluência, quanto no trabalho com as cenas.

A visão externa sempre complementa.

Identidade e alma

Um dos pontos que sempre friso: escritores precisam ter identidade e escrever aquilo que gostam (de verdade). Só assim a história terá alma.

É como saborear um vinho desses feitos em larga escala e outro artesanal, bem produzido. Quem não gosta de vinho, troque por chocolate, rsrsrs.

Escrever por modismo, produzir para o mercado é uma escolha. Respeito isso. Entretanto, comigo isso não funciona.

Afinal, como convencer o leitor se eu mesmo não acreditar na história? Como criar uma imersão seguindo modelos criados por outros?

A criatividade e a exclusividade sempre são pontos positivos em uma obra.

E lembre-se: pensar que esse ou aquele tema não tem público é uma imensa bobagem. Sempre há público para qualquer tema ou estilo. Basta você comunicar e apresentar o seu trabalho com foco e clareza. É mandar a flecha bem no alvo. Bem no meio da testa e… (esqueça essa segunda parte, é muito Tempos de Sangue, rsrsr).

Por isso, um marketing direcionado e bem planejado é tão importante.

Essa preocupação em apresentar e oferecer um produto de qualidade é essencial. Demonstra o nosso respeito aos leitores. Afinal, eles acreditaram no nosso trabalho, tanto que investiram dinheiro e o seu bem mais precioso, o tempo.

Vamos fazer valer essa confiança!

Até mais.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp