Eu acredito que só proporcionamos boas percepções de valor quando temos algo para oferecer. Não adianta criar perfis perfumados e superlativos em redes sociais profissionais, escancarar currículos cheios de tecnicismos ou mesmo bradar que trabalhou nessa ou naquela empresa.
É a nossa postura e os nossos conhecimentos – e consequentes habilidades – que sustentam a nossa carreira.
O mercado vive de aparências, Eduardo. Já ouvi muito essa frase e confesso: quando era mais inexperiente também acreditava nesse dogma. Contudo, com o passar dos anos, percebo que esse conceito pode até funcionar num momento inicial, mas não se sustenta.
É como pegadas na areia da praia: podem parecer profundas e bem delimitadas, mas não resistem a menor das ondas e logo são apagadas.
Quem é você?
Estou na “ativa” desde 2002. Em 2012 entrei de vez no mundo da literatura. E toda a bagagem (na verdade, durante essa jornada, eu dispensei muitos supérfluos que apenas pesavam nas costas e aprendi a carregar o necessário para cada ocasião) que acumulei me ajudou bastante no meu posicionamento profissional, que até vai contra o que muitos managers de carreira pregam.
Eu sou Eduardo Kasse em todos os setores e aspectos da minha vida. Deixei de tentar ter várias personalidades, pois além de soar falso, me podava, tolhia a minha liberdade criativa, de decisões, de me entregar ou de recusar projetos. Era uma energia gasta, que hoje é investida nos meus livros, por exemplo.
Sou o mesmo Eduardo na literatura, nas redes sociais, com os clientes e os amigos. Ponto. Certo ou errado, não posso dizer, mas é o que eu acredito e me sinto bem fazendo/sendo.
Ser sério não está relacionado à ser sisudo. Ser competente não está vinculado à usar ternos caros (ou qualquer tipo de terno). Criar soluções matadoras para cada desafio apresentado nunca precisou de excessos de “eu sei”, mas sim em entender o todo e usar os potenciais de cada um dos envolvidos para efetivar as resoluções.
E de aceitar que só podemos construir se cada um de nós colaborar para levantar os alicerces. Juntos.
As coisas são simples, mas sempre tendemos a complicar tudo. E quando usamos fantasias e máscaras, isso piora muito.
Estude as experiências de outros para depois criar as suas próprias
Na faculdade sempre nos apresentavam os profissionais mais supremos do mercado. E a gente acreditava cegamente, como se estivéssemos frente a frente com messias. Queríamos trabalhar nos templos sagrados…
Contudo, com o passar do tempo, comecei a entender que esses santos homens e mulheres de negócios não eram divindades. Muitos sequer podiam ser considerados profissionais corretos e de valor (mas isso não vem ao caso).
Há experiências interessantes, claro, mas apenas tentar repeti-las tende ao fracasso. Somos indivíduos diferentes, com expectativas diferentes. Podemos aprender com os acertos e os erros, mas se não imprimirmos a nossa identidade, verdades e motivações, teremos apenas resultados superficiais.
Daí que surgem as angústias, ansiedades, frustrações etc.
Enfim, marketing pessoal é um termo bonito, que vende. Mas não somos produtos!
Portanto, prefiro construir a minha carreira de forma entrelaçada com a minha vida, onde cada pessoa, cada conhecimento, cada atividade é importante. E esse conjunto que gera a inspiração para seguir adiante.
E, para isso dar certo, só sendo eu mesmo.
Vamos juntos nessa?
Até mais!