Na segunda-feira, logo cedo, peguei o metrô para ir a um cliente. Não estava muito cheio – para os padrões de São Paulo – e ao observar as pessoas ao redor, havia um padrão de semblantes: tristonhos, cansados e desanimados. Alguns até irritados. Poucos se destacavam com a face amena.
Vamos deixar de lado as questões de transporte precário, locomoções difíceis etc. pensemos estritamente na vida profissional, ok?
No primeiro dia útil da semana, antes de chegar ao trabalho as pessoas já estavam daquele jeito? Outra tendência corrobora plenamente esse fato: os tais “Oba, chegou a sexta-feira!” e os “Que merda, amanhã é segunda” que inundam as rede sociais.
Lógico que o descanso merecido deve ser comemorado, entretanto deve ser um saco acordar todos os dias e ir fazer o que não gosta. Deve não. É. Já passei por isso também.
Costumo ouvir sempre a frase: “se o trabalho fosse bom não seria remunerado”. Que visão distorcida, hein?
É sempre melhor pensar em: “se o trabalho não é bom, procure uma ocupação que lhe faça feliz”. Ou “mereço ser remunerado por aplicar o meu conhecimento e habilidades na solução de questões”. E ponto.
É difícil? Sim. Impossível? Nunca!
Conheço um jardineiro que vive assoviando e cuidado das plantas com esmero. Seu salário é baixo, mas a satisfação nos seu semblante irradia.
Uma senhorinha que vende refeições para uns amigos que trabalham no centro faz tudo com muito capricho e alegria. E, apesar de serem pratos simples, são deliciosos, tanto que esses amigos preferem comer essa comida do que em restaurantes de renome e com muita variedade.
Tive professores, ou melhor, mestres, apaixonados por ensinar, apesar de todas as dificuldades.
Enfim, a lista seria grande demais para ser colocada aqui.
Cesar Millan, o Encantador de Cães
Quando Estela e eu estávamos planejando a nossa viagem, o Chile não era o nosso primeiro destino, entretanto, por questões de datas resolvemos ir para Santiago.
Não sei você, mas eu acredito muito em energias e na força do pensamento e da vontade sincera. Deixe-me compartilhar, então, uma experiência interessante.
Estela e eu somos apaixonados por cães e tentamos ir além do conceito “donos de cachorros”. Compramos livros, fazemos alguns cursos, interagimos com criadores, enfim, tentamos aprender o máximo possível.
E um dos nossos programas prediletos é assistir ao Encantador de Cães na TV. Temos todos os livros do Cesar Millan, vimos a sua biografia no Youtube, tentamos aplicar os conceitos de comportamento canino no dia a dia da nossa matilha.
Nosso sonho sempre foi conhecê-lo, vê-lo de perto fazendo o seu trabalho.
E qual não foi a minha surpresa quando descobri que ele estaria no Chile na data da minha estadia lá? Viu como a sintonia energética – ou chame do que quiser – existe? Comprei os ingressos para a sua apresentação na mesma hora e conseguimos ficar na segunda fileira! E ainda garantimos um autógrafo em um dos nossos livros.
Foi uma noite que, sem exageros, mudou as nossas vidas.
Essa história foi só para apresentar o contexto. E voltando ao tema do nosso post, o Cesar é um dos profissionais que ama verdadeiramente o que faz.
Quando era menino ele perguntou para a sua mãe: “Você acha que eu posso ser o melhor adestrador de cães do mundo?”.
E ela respondeu: “Você pode ser o que você quiser”. – olha que magnífico isso!
E com essa vontade e garra ele imigrou ilegalmente para os EUA, viveu como mendigo até conseguir um emprego como lavador de cães e assim foi progredindo até se tornar o que se tornou.
Ou seja, venceu todas as adversidades para conquistar o seu espaço e acima de tudo: trabalhar com aquilo que acredita.
Assim deixo as perguntas: por que eu faço o que faço? E eu estou feliz desempenhando essa atividade? O que é preciso para evoluir?
E quanto mais sinceras as respostas, melhores as chances de encontrar caminhos de valor para a sua carreira.
Demorei anos para descobrir um novo caminho, para dar a guinada, mas valeu muito a pena! Acordo motivado para escrever, criar, desenvolver ideias pessoais, para os meus livros, para meus clientes e para os meus parceiros.
Isso vai durar para sempre? Prefiro pensar no hoje, fazer as minhas tarefas com amor e esmero. Trabalhar duro mesmo. O amanhã? Quem sabe!
Vamos juntos nessa?
Até mais.