Eduardo Kasse, muito prazer!
Escritor e roteirista

Por que eu escrevo?

Foi nas palavras que encontrei a minha “salvação”.

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sangue_e_palavrasEu escrevo porque não sei desenhar, tocar, cantar, jogar sinuca com perfeição.

Uns bebem, fumam, correm, nadam, usam drogas, dormem o dia todo, extravasam em puteiros e bordéis.

E eu escrevo.

E se não fosse assim, quem sabe, não estaria aqui para publicar esse post.

Sempre gostei de me expressar por meio das palavras, mas durante um bom tempo da minha vida, trancafiei-as dentro de mim e fui viver aquilo para o qual a maioria das pessoas é adestrada desde cedo: o capitalismo insano.

Para mim, o que importava era o trabalho, o dinheiro, os resultados. Ou seja, um ciclo vicioso e bem prejudicial.

Não sou hipócrita em dizer que o dinheiro não é importante. Ele é, mas se for conseguido com qualidade de vida e equilíbrio.

Demorei em entender isso. Vivia em um ambiente nocivo, cercado de profissionais idiotas gananciosos e, talvez, pela minha juventude, contaminei-me.

Precisei passar um susto para as coisas começarem a mudar.

Então, liberei novamente as palavras e não mais as escondi – faziam-me ter vergonha em ser escritor e eu, fraco, duvidei do meu “dom”, neguei o meu espírito – e ser escritor é uma das vertentes da minha carreira. Com o mesmo peso e relevância das demais.

Entendi que o trabalho deve ser prazeroso, motivador e alegre. A grana vem como consequência disso. Hoje, eu persigo as boas soluções, não o dinheiro. Tive de inverter a minha compreensão das coisas.

E valeu muito a pena.

Assim, escrevo histórias para me manter vivo, ativo, completo. Escrevo para me encontrar e para me perder.

Escrevo para entender e para me alienar.

Escrevo, pois é isso que sei fazer.

Até mais!

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