Quando escrevemos, lapidamos ideias e sentimentos, seja durante a jornada dos personagens ou na descrição de ambientes, fatos e relatos.
Unimos a técnica, as nossas habilidades e conhecimentos com doses certas de criatividade e inspiração.
E durante esse processo desenvolvimento, de faz-refaz, quantas vezes não nos pegamos rindo com algum diálogo, ou com o coração apertado por alguma perda.
Quantas vezes, ao reler os trechos dias depois, não nos surpreendemos com as cenas escritas.
É como se a nossa história criasse vida, independentemente da nossa vontade, e recebêssemos do universo aquilo que precisa ser contado.
Todos os artistas sabem o que é isso.
Entretanto, se o autocontentamento é importante para nos motivar a seguir adiante, quando recebemos os feedbacks dos leitores a felicidade é ainda maior.
Quando alguém diz: “chorei quando ela morreu” ou “nossa, como aquele cara é um maldito” ou qualquer outra declaração de sentimento, o senso de dever cumprido é imenso.
Nesse mundo mecânico e automatizado, proporcionar sensações é algo nobre e, para mim, um dos grandes valores da carreira de escritor.
A cumplicidade do público, os elogios e as críticas, transformam o livro num organismo vivo que se transmuta dependendo de quem o lê.
É isso que eu almejo: que as minhas palavras toquem as pessoas, pois sem elas, o meu trabalho não estaria completo.
Vamos juntos nessa?
Até mais!