Não conheço nenhum profissional que tem a carreira estritamente linear. Nem mesmo aqueles com estabilidade como os funcionários públicos.
E, sendo assim, de tempos em tempos é preciso sempre avaliar se a nossa atuação profissional está em equilíbrio com a vida pessoal.
Conheço diversas pessoas que ainda acreditam que para o sucesso na carreira é preciso trabalhar mais e mais. Eu, depois de ganhar experiência ao longo dos anos, cheguei à conclusão que o valor está em trabalhar melhor. Independente do número de horas.
De nada adianta ser uma máquina de produzir em escala se a sua qualidade de vida ficar prejudicada. Ou até mesmo inexistente, em alguns casos.
Tive um colega que trabalhava 14-15 horas por dia. Sempre me dizia: o esquema é esse, dane-se a vida agora. Quero juntar dinheiro para viver tranquilo lá na frente.
Enfartou e morreu com 25 anos, depois de virar três dias trabalhando direto.
E como ele, conheço outros, que não morreram, mas vivem a base de antidepressivos, bebidas ou drogas.
Eu mesmo quase me afundei em síndromes do pânico e em excessos que poderiam me arrebentar de forma irremediável.
Daí eu pergunto: vale a pena?
Eficiência, eficácia e efetividade
Tanto para os clientes, parceiros, quanto para nós mesmos, quando trabalhamos felizes, motivados e padronizamos a nossa atuação nos três E’s, os resultados são muito melhores.
Acredito que todas as remunerações deveriam ser acordadas segundo as soluções desenvolvidas, não segundo o tempo.
Assim o valor fica mais justo para todas as partes.
Já criei soluções excelentes para algumas empresas em questão de minutos. Imagine se eu tivesse cobrado por hora? Ou ganharia uma ninharia, ou teria que segurar a entrega, o que acho ridículo no mercado dinâmico de hoje.
Aprendi a ser mais seletivo – não que eu esteja nadando no dinheiro –, pois dessa forma consigo dar mais de mim em cada projeto, valorizando a minha marca e a dos meus clientes.
Busco agora trabalhos em que eu realmente possa fazer a diferença por meio dos meus conhecimentos e habilidades.
Ainda vale a pena fazer o que fazemos?
Lógico, que nem sempre conseguimos manter esse equilíbrio. Eu mesmo nos últimos dias passei por alguns “overflows” para ajudar alguns amigos e para finalizar um projeto grande.
Agora estou naquele momento de avaliar a minha carreira para colocar tudo nos eixos. Estou analisando o que fiz e onde quero chegar. Estou validando as estratégias e vendo o que ainda funciona e o que precisa ser reestruturado. Pois só assim consigo atuar com a qualidade que eu me cobro e que esperam de mim.
Ou seja, diariamente me faço a pergunta: ainda vale a pena fazer o que faço?
A resposta não é fácil, tampouco óbvia, mas muito importante para encontrarmos os nossos caminhos nessa vida atribulada.
E você, como administra a sua carreira? Compartilhe conosco!
Até mais.