Quando me preparei para escrever o meu primeiro romance, O Andarilho das Sombras, já tinha uma boa ideia da história, de alguns personagens e mesmo dos principais desfechos.
Como se trata de uma fantasia histórica medieval, com lugares reais, com a vida da época bem detalhada e mesmo com alguns fatos e pessoas verdadeiros, durante a produção do livro fiquei imerso em diversas pesquisas, a fim de criar um texto de valor.
Não é porque é fantasia que precisa ser fantasioso, certo?
Terminado esse processo de criação, vieram as correções, as reescritas, as exclusões, ou seja, o pente fino.
Mas, o que isso tem a ver com o título desse post?
O conceito vem agora: quando escrevi o meu livro, não o fiz para ser comercial, para “falar o que está na moda”, mas sim para relatar as minhas verdades, as minhas preferências, o meu DNA.
Lógico que gosto quando o compram, mas fico ainda mais feliz, pois sei que é possível vender bem sem se vender.
Como todos os trabalhos que crio – literários, artigos, projetos de conteúdo – eu preciso acreditar no que ponho no papel – ou na tela. Pois, diferente disso, soa falso, superficial e até mesmo simplório.
Ter identidade é muito diferente de escrever sempre sobre o mesmo tema
É possível escrever sobre assuntos diversos e manter o seu estilo e identidade.
Vejo muitos autores que participam de diversas coletâneas, escrevem sobre tudo. Eu admiro essa capacidade de abstração.
Contudo, no meu caso, sempre procuro escrever pautado na seguinte tríade:
- O que eu gosto;
- O que eu domino;
- O que eu posso proporcionar uma experiência interessante aos leitores.
Assim, eu consigo respeitar o meu “espírito de escritor” e solidificar o meu nome, a minha marca.
É conseguir cativar o público que já conhece o seu trabalho e estilo e ao mesmo tempo surpreendê-lo, envolvê-lo com suas palavras.
Voltaire, J.R.R. Tolkien, Bernard Cornwell, Anne Rice,Graciliano Ramos, Saramago e tantos outros têm identidade, são escritores com DNA. Antes que atirem as pedras, não me comparo com eles – ainda, rsrsrs – apenas são ótimos exemplos.
Enfim, escrever para mim é um trabalho sério, uma profissão que exige respeito, esmero e personalidade.
Até mais!