Muitas pessoas são aficionadas por robôs e máquinas. Tão fãs, que a cada dia se tornam mais parecidas com elas.
Seguem mecanicamente suas rotinas e se concentram nos protocolos dos seus afazeres, dentro dos seus escaninhos de trabalho e também mentais.
Tornam-se orgânicos somente na hora do cafezinho e de ir ao toilette. Mesmo nos relacionamentos há o start de uma sequência estabelecida de palavras-chave, permissões e escopos.
Não acho a organização e a padronização ruins, critico esse modelo metódico e simbionte que está massificando as consciências, raciocínios e ações.
As visões foram dopadas pela mídia, pelos governos, pelas corporações… Na verdade, pela nossa própria inércia.
Tenho a impressão de ver ovinos-sapiens presos em cercados sociais, balindo e pastando sem qualquer noção real do que acontece à sua volta. E os lobos fazem a festa! Há muitos deles para degustar sem remorso, sem que as outras pobres criaturas ruminantes sintam sua falta.
A humanidade está apática
Nunca tivemos na história tantas possibilidades de interagir, de aprender, de ensinar e conhecer novos mundos, novas ideias.
Mas isso, essa realidade tem sido subaproveitada, desperdiçada com a crença da pseudo-liberdade de fazer tudo igual aos outros.
Estranho, não é?
Alienação cotidiana, simples assim.
Mas, não são todos os dias que surgem grandes coisas! – bradam os adeptos aos cabrestos.
E nem é preciso!
Viva a simplicidade dos parafusos e dos chinelos de dedos! Ou mesmo a perfeição de um haikai escrito com a alma!
Viva a inovação, a criatividade e as diferenças!
É preciso voltar às raízes, à originalidade. As culturas precisam se desenlatar e buscar suas verdades, retomar o orgulho histórico.
Há diversos mundos além…
E eles são muito, mas muito interessantes mesmo!