Eduardo Kasse, muito prazer!
Escritor e roteirista

Títulos, cargos e categorias não importam tanto. Vale mais o profissionalismo!

Temos visto no Brasil um grande ranço entre CLT’s, Concursados, Terceirizados e afins. E isso não leva a nada.

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Já dizia o profeta: toda generalização é burra. Toda forma de preconceito também. E, infelizmente, isso tem se potencializado no mercado. Principalmente nos últimos tempos.

Com certeza você já ouviu pérolas do tipo:

“Funcionário público é vagabundo que mama nas tetas do governo”.

“Empresário só sabe sugar o sangue dos funcionários”.

“Consultor é um cara que só aponta, mas nunca resolve o problema”.

“Terceirizado só enrola para poder cobrar mais horas de trabalho”.

A lista é imensa, contudo, apenas com essas frases já consigo ambientar a ideia: temos um mercado com muito mais segregação do que união. E isso é péssimo para os profissionais, para os negócios e, consequentemente, para o país.

“Todas as pessoas têm disposição para trabalhar criativamente. O que acontece é que a maioria jamais se dá conta disso” – Truman Capote

É fato que, temos muitos trabalhadores que são o retrato dessas frases acima, contudo, esses são frutas podres e não definem um padrão. Então, não perderemos tempo com eles, ok?

A maioria dos profissionais luta no dia a dia para fazer o melhor possível, dentro das condições existentes (sim, esse é um fator agravante: nem sempre podemos fazer o ideal). Dinheiro, tecnologia, infraestrutura, burocracia, corrupção, temos vários fatores limitantes que dificultam o caminho até a máxima qualidade. Alguns podemos reverter, outros não, por isso, cabe a nós buscarmos a proximidade da excelência com as ferramentas que temos em mãos.

“Trabalha, meu preguiçoso! Ouro é o tempo que se perde / não deves ser ocioso” – Adelina Lopes Vieira na poesia “O ramo verde”

A desunião corporativista

Por diversas vezes durante a minha trajetória profissional, fui contratado para gerir/atuar em projetos junto com equipes internas – tanto do setor privado, quanto do público. Na maioria dos casos, houve ótima sinergia, principalmente pela ciência de que, ao fazer bem-feito, todos ganhavam.

Em outras, sofri para efetivar as minhas soluções, porque, de certa forma, fui boicotado pelos internos. Medo de ser taxado de incompetente, má vontade, falta de gestão interna, desunião corporativista e falta de motivação são os principais fatores que aponto para essa situação.

Felizmente, com muito suor e dor (sim, o mundo real é assim) conseguimos contornar os percalços e finalizar os projetos. Quando cada um entende e se convence da sua importância para o todo, as coisas começam a fluir. Quando cada um entende que viemos para somar, não para dividir, tudo tende a se amenizar.

Agora voltando ao assunto principal…

“Os problemas são apenas oportunidades com roupas de trabalho.” – Henry John Kaiser

Com a Nova Lei Trabalhista que entra em vigor esse mês, será cada vez mais comum a interação entre profissionais internos e externos. Entre CLT’s, funcionários públicos e PJ’s. Por isso, cada vez mais os títulos, categorias e cargos devem ser deixados em segundo plano.

Vale mais a capacidade de cada profissional em usar suas habilidades e sua expertise para desenvolver soluções matadoras.

Só assim podemos ter relações ganha-ganha, com respeito, proatividade e busca pela excelência.

E você, o que me diz sobre esse tema?

Até mais!

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