Por mais que neguem e tentem demonstrar uma aura desapegada e cult, todos escritores que publicam desejam vender e, se possível, vender bem.
Simples assim, sem hipocrisias e falsos moralismos.
E isso é natural e justo, afinal, escrever é um trabalho que exige competência, paciência e tempo e deve ser remunerado de maneira adequada – bom, pelo menos deveria ser.
Está na hora de parar com esse negócio de “escrever é hobby”. É o cacete! Para mim e para muitos dos meus colegas, o trabalho com literatura faz parte da carreira: é uma paixão, mas na mesma medida é uma profissão.
Só que para muitos essa ainda não paga as contas, infelizmente.
Se você escreve pensando no que o mercado deseja ler, você está fazendo isso errado!
Se você é médico é porque gosta de proporcionar saúde.
Se você é engenheiro é porque gosta de projetos, construções e cálculos estruturais.
Se você é professor é porque é louco gosta de ensinar e compartilhar experiências.
Se você é escritor é porque gosta de contar histórias, apresentar personagens e mundos.
Ou seja, em todas as carreiras, é preciso gostar do que se faz, fazer direito e ter sua identidade.
Modismos vêm e vão e se você fundamenta seu trabalho somente nisso, certamente ele vai ficar superficial e até mesmo fake.
Veja: eu não escreveria um livro futurista, uma space opera, pois sei que não é a minha praia como escritor, apesar de gostar de ler sobre esse tema.
Conseguiria fazer um texto sistemático com competência? Acho que sim, mas seria metódico, padronizado pelo que eu li, não pelo que eu sinto, entende?
Escrever é acreditar!
É falar do seu jeito e com o seu DNA sobre temas do seu interesse.
E você, como enxerga esse processo? Como vê a criação de um livro?
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Até mais!